terça-feira, 20 de maio de 2014

Unidos por um bigode

por Talita Andrade


Todo mundo sabe que Charles Chaplin tirou um grande sarro do poderoso Adolf Hitler no filme O Grande Ditador. Mas poucos conhecem as reais motivações que o levaram a isso. Quando perguntado sobre o porquê encarnar o ditador nas telonas, Chaplin foi direto: “Fiz esse filme para me vingar daquele que me roubou o bigode!”. 



De fato, o ator já era mundialmente conhecido muito antes da ascensão de Hitler. Alguns historiadores, inclusive, sustentam que Adolf  teria Carlitos, o adorável vagabundo interpretado por Chaplin, como modelo de popularidade. E que o ditador não perdia um filme seu. 
Outra coincidência entre os dois é a proximidade de nascimento, Hitler nasceu em 20 de abril de 1889, já Chaplin, segundo ele mesmo, - sem certidão oficial, a data de seu nascimento é um mistério para os pesquisadores e biógrafos - veio ao mundo “Quatro dias antes de Hitler”, 16 de abril do mesmo ano. 
Outra versão do bigode
Existem fotos do jovem Adolf Hitler  de bigode comprido para os lados e pontudo, o clássico estilo prussiano, em voga na época. Porém, quando foi enviado para o front francês durante a 1ª Guerra Mundial, Hitler recebeu ordens de cortar o bigode original para que pudesse utilizar corretamente sua máscara anti-gás.



Alexander Moritz Frey, companheiro de Hitler na guerra, deixou escrita sua impressão sobre o primeiro encontro que teve com o colega soldado Adolf Hitler, em 1915, dando uma nova versão para o famoso bigode escovinha. "Um homem pálido, que se jogou no chão do nosso abrigo antiaéreo assim que as primeiras cargas de artilharia começaram a cair sobre nós naquela manhã. Ele parecia alto, mas na verdade era muito magro. Um grande bigode, que teria de cortar depois quando recebemos as novas máscaras contra gases, cobria uma boca muito feia".

Alguns registros históricos descrevem que uma vez finalizada a guerra, Hitler teria gostado mais do seu novo "visual" e assim o manteve até o fim de seus dias.




Fontes:
Uol
Spiegel

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