terça-feira, 20 de maio de 2014

O último capítulo da soberania de Hitler

Por Bruna Dealtry

Doze anos de poder acabaram em meses. Hitler recuperou a Alemanha de uma grande crise e em troca ganhou um povo que confiava cegamente no seu comando e ainda montou um exército extremamente disciplinado. Isso era um reflexo da auto-confiança do líder que não pensava na possibilidade de uma derrota na Segunda Guerra Mundial. Mas justamente essa ideia de invencibilidade pode ter sido um dos principais erros de um plano que mudou a história do mundo.

A invasão da Polônia, em setembro de 1939, foi o primeiro passo de um roteiro que parece ter saído dos filmes de terror. Em pouco mais de um mês, Hitler conquistou a primeira vitória que aumentou a certeza de um sucesso absoluto. A partir daí, Bélgica, França, Luxemburgo e países baixos foram vítimas da ganância sem limites do austríaco que implantou a filosofia de que os alemães eram uma "raça superior" e com isso tentou exterminar diversas culturas que estavam em seu caminho.


Não existiam limites para as conquistas alemãs, que abusavam até das mulheres e crianças por onde passavam, e o plano de conquistar a União Soviética seria apenas mais um capítulo de um roteiro pré determinado pelo comandante. Mas as "aventuras" de Hitler estavam com os dias contados. Adolf e a tropa nazista subestimaram os russos e a partir daí começaram a avançar com o pé esquerdo. Em março de 1941, o objetivo da guerra era destruir a URSS e o comunismo. Começaria então uma luta entre duas visões de mundo, e o que era pra ser uma vitória relâmpago para o exército alemão se tornou o começo do fim de uma tirania que deixou marcas profundas.

A invasão da URSS aconteceu em junho de 1941 e foi a batalha mais sangrenta e de maior poder bélico da história. A artilharia da Alemanha abriu fogo numa extensa frente de mais de 1.600 km, indo do Báltico ao mar Negro. Foram mobilizados cerca de 5,5 milhões de soldados da Wehrmacht com o apoio de 600.000 veículos, 750.000 cavalos, e cerca de 2.700 aeronaves. A invasão da União Soviética foi planejada para desdobras-se em três frentes: ao norte, em Leningrado; no centro, em Moscou; e no sul, em Kiev. Mas a resistência da URSS mostrou que esse capítulo seria mais longo do que o esperado e uma mudança de estratégia foi necessária. Decidiram focar em apenas um local que deveria ser Moscou, mas Hitler preferiu ir primeiro para Kiev atrás de recursos econômicos e subestimou o poderio soviético mais uma vez.

O próximo passo foi Stalingrado que começou com bombardeios da Luftwaffe. A luta prosseguiu nos escombros da cidade com uma batalha dura e sem a possibilidade do apoio de tanques por causa do terreno destruído. A Alemanha não estava preparada para uma luta urbana, e no local cada pedaço de terreno foi disputado numa batalha corpo a corpo. A defesa da URSS foi intensa e o contra-ataque reuniu mais de um milhão de soldados.



Sem comida, combustível e munição, o exército alemão estava efetivamente condenado. Foi sugerido a Hitler a rendição como única maneira de salvar o que restava das tropas, mas a ideia foi prontamente rejeitada pelo líder e os soldados que estavam cercados continuaram sendo atacados pela artilharia soviética. Mesmo depois dos acontecimentos, Hitler ainda tentou manter as aparências com uma reverência pelo rádio aos soldados, dizendo que tinham morrido em busca da vitória final da Alemanha que estava por vir. Mas o fracasso em Stalingrado foi o sinal de uma derrota alemã.

A confirmação do fracasso aconteceu em Moscou, em dezembro de 1941. Os alemães estavam a mais tempo do que o previsto em solo russo e o inverno rigoroso piorou a situação dos soldados. As tropas da URSS e os próprios moradores expulsaram os invasores nazistas que estavam congelando, famintos e exaustos da cidade. O exército vermelho não se deteve nas fronteiras russas e seguiu até hastear a bandeira da foice e do martelo no mastro principal do Reichstag, em Berlim, e a Alemanha enfim foi completamente derrotada na guerra.



Na invasão da União Soviética o prejuízo dos alemães foi acima de todos os cálculos nazistas sem contar com os milhões de soldados mortos. Com vergonha da derrota, o fim de Hitler é um mistério com diversos fins, como suicídio, fuga ou assassinato, a única certeza é que esse episódio jamais será esquecido.

Terceiro Reich - A Queda


Fonte:

Portal Vermelho

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